sábado, 18 de março de 2017

As Feiras Livres e o excesso de regulamentação que só favorece as fraudes



No passado íamos ao açougue da esquina, onde o açougueiro era de confiança. Hoje o excesso de regulamentações acabou com o açougue da esquina e nos obriga a comprar carne adulterada que é supostamente fiscalizada pelo Ministério da Agricultura, com um "Serviço de Inspeção Federal", que não só não inspeciona, mas ajuda a mascarar fraudes.

No passado comprávamos leite, queijo, coalhada, nata, manteiga e doce de leite, do produtor rural, na feira. Hoje o produtor não pode mais vender estes produtos, pois segundo o Ministério e os Serviços de Inspeção, estes podem estar contaminados. Para nossa surpresa, então, compramos leite com soda cáustica, nata com conservantes, reprocessados até não poder mais. Tudo devidamente "INSPECIONADO" por órgãos (in)competentes, que cuidam da saúde de seus bolsos.

Antigamente também comprávamos na feira a linguiça, o salame, o frango, a morcela, o torresmo e até a carne do porco. Tudo trazido até nós por aquele agricultor que tudo fazia com cuidado. Então vieram os "fiscais", que diziam que era grande o risco de nos contaminarmos. Assim, as grandes indústrias de alimentos, aliás, as dois maiores conglomerados de alimentos do mundo, nos vendem carne estragada, vencida, podre, misturada com lactatos para mascarar o sabor e cheiro. Nos vendem papelão moído que pensamos que era carne de frango, nos vendem pintos, que ainda pararam de piar (28 dias!) como se frango fosse.

Não importa se a população tem acesso à produtos de qualidade, importa o lucro. Não importa se o pequeno agricultor possa processar seu produto na propriedade. O que importa é o lucro, a propina, o partido, o caixa 2 (3,4,5).

Talvez agora as autoridades voltem a olhar para a produção artesanal de embutidos. Talvez agora o produtor possa vender novamente a sua nata, coalhada, queijo, manteiga abertamente, não mais como um contrabandista, que precisa levar seu produto escondido, senão os fiscais, é aqueles fiscas, vão recolher.

Fonte: Armin Andreas Hollas 

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