domingo, 26 de dezembro de 2010

Família Cândido Silva foi notícia de jornal...

Caríssimos, deu no Jornal de Santa Catarina de hoje, 26 de dezembro de 2010, na seção ALMANAQUE DO VALE:

A imagem (clique aqui para ver), de 1934, mostra o antigo Hotel Garcia, de propriedade da E.I. Garcia. Construído por volta de 1895 e demolido em 1954, servia para visitantes e funcionários da empresa. Localizava-se na antiga Praça Getúlio Vargas, no Distrito do Garcia. Dirigido primeiro pela família Panoch e depois, Cândido. (Imagem: arquivo de Dalva e Adalberto Day)

Foi Alvino, meu irmão, quem estava atento às notícias e notou esse artigo. Afinal de contas, ele pode discorrer direitinho sobre esse assunto, pois passou parte da infância neste hotel, (onde moravam e eram administradores, nossos pais Aquelina e Pedro Cândido da Silva).

Portanto, muito interessante o resgate dessa história. Para você ler o artigo na edição eletrônica do jornal, CLIQUE AQUI.http://guarapuaimagens.blogspot.com/2010/12/hotel-administrado-pela-familia-candido.html

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O melhor presente nesse Natal...

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo sabendo que as rosas não falam...
Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro poderá não ser tão alegre...
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca os GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles podem acabar indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer ou retribuir...
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia...
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que as pessoas que eu amo podem não sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo poderão escurecer meus olhos...
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos...
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas...
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo correndo o risco de ser o prejudicado...
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela, muitas vezes, poderá  me exigir esforços incríveis para manter a sua harmonia...
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno... E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente!
E que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um de nós é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois...
A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!
Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Torradas queimadas

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro, especialmente, de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse: "Amor, eu adorei a torrada queimada... só porque veio de suas mãos."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse: "Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos os dois a suprir um as falhas do outro.

Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando; ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha de frios como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar e brincávamos juntos durante este tempinho. Com sua mãe você chorava, pelo shampoo, pelo pentear, etc.

A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai, novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos. Então, filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente, com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo. Que penso, o grande problema do mundo atual e globalizado é a intolerância pelo ser e o correr incansável pelo ter! Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas sim, no seu próprio.  Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dEle; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.

“As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez ou do que lhes disse.  Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.”

(autor ignoto)

Papai noel é mau exemplo!

Obesidade do Papai Noel é mau exemplo para sociedade, diz estudo. Outra pesquisa indica que crianças não gostam tanto assim do velhinho.
Especialista analisou reações de mais de mil crianças entre 2003 e 2008.
Luciana Christante Da 'Unesp Ciência'



Papai Noel é coisa séria. E não apenas para as criancinhas que o aguardam no Natal. Também na ciência há quem acredite nele, pelo menos o suficiente para investigá-lo. Esses pesquisadores tentam entender o segredo de tão duradouro sucesso, assim como os efeitos (nem sempre admiráveis) que essa presença vermelha e rotunda exerce na psicologia de crianças e adultos, nas relações sociais, na religião e até na saúde pública. Afinal, o “bom” velhinho tem lá suas idiossincrasias. Ao longo das últimas décadas, uma série de estudos tem revelado resultados surpreendentes e até perturbadores, que tendem a ser ofuscados por interesses comerciais.

Um dos primeiros a dedicar uma análise aprofundada sobre o protagonista do Natal foi ninguém menos que o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss (1908-2009). Sua motivação teve origem numa notícia publicada no jornal "France Soir", em 24 de dezembro de 1951, com o título: “Papai Noel é queimado no átrio da Catedral de Dijon diante de crianças de orfanatos”. Coordenada pelo clero católico (com apoio de protestantes), a manifestação do dia anterior apregoava o caráter pagão daquela figura, que estaria arruinando a tradição cristã.

Há uma correlação entre os países que mais veneram o Papai Noel e altos índices de obesidade infantil"
Nathan Grills, epidemiologista da Universidade Monash, em Melbourne (Austrália)

A opinião pública francesa se dividiu diante da inusitada situação: de um lado, a Igreja demonstrando espírito crítico e, de outro, os racionalistas defendendo a superstição. A contradição chamou a atenção de Lévi-Strauss e resultou no livro "O suplício do Papai Noel" (Cosac Naify, 2009, tradução de Denise Bottmann). Nele, o antropólogo classifica o Papai Noel do ponto de vista da tipologia religiosa:

“Não é um ser mítico, pois não há um mito que dê conta de sua origem e de suas funções; tampouco é um personagem lendário, visto que não há nenhuma narrativa semi-histórica ligada a ele. Na verdade, esse ser sobrenatural e imutável, fixado eternamente em sua forma e definido por uma função exclusiva e um retorno periódico, pertence mais à família das divindades; as crianças prestam-lhe culto em certas épocas do ano, sob a forma de cartas e pedidos; ele recompensa os bons e priva os maus. É a divindade de uma categoria etária de nossa sociedade (...) e a única diferença entre Papai Noel e a verdadeira divindade é que os adultos não creem nele, embora incentivem as crianças a acreditar e mantenham essa crença com inúmeras mistificações”.

Divindade infantil
Quem pensa no bom velhinho como uma invenção puramente capitalista talvez se surpreenda com sua semelhança com ritos mais primitivos, detectada pelo pai da antropologia estrutural: “Como não notar, por exemplo, a analogia entre Papai Noel e as katchina dos índios do sudoeste norte-americano? Esses personagens fantasiados e mascarados encarnam deuses e ancestrais; voltam periodicamente à aldeia para dançar e para punir ou recompensar as crianças, e dá-se um jeito para que elas não reconheçam os pais ou parentes sob o disfarce tradicional”.

De um lado, o Papai Noel reúne características infantis, como a face arredondada, a testa grande e abobadada, nariz pequeno e pouco saliente, bochechas carnudas e queixo recuado. São sinais de infantilização que geram uma poderosa reação de empatia. Por outro lado, a barba e o cabelo brancos transmitem um ar de sabedoria, autoridade e credibilidade associado à velhice"
Sandro Caramaschi, professor da Faculdade de Ciências da Unesp em Bauru

A psicologia evolutiva explica por que o ancião barbudo, rechonchudo e sempre vestido de vermelho e branco pouco mudou ao longo do século 20, numa sociedade globalizada que vive sob o signo da novidade. É nos aspectos não-verbais que reside toda a empatia que rendemos a ele, até porque seu repertório verbal é bastante restrito, não indo muito além do “ho-ho-ho”.

Segundo o psicólogo Sandro Caramaschi, professor da Faculdade de Ciências da Unesp em Bauru, a ambiguidade de sua aparência é fundamental para entender sua vitalidade.

“De um lado, o Papai Noel reúne características infantis, como a face arredondada, a testa grande e abobadada, nariz pequeno e pouco saliente, bochechas carnudas e queixo recuado. São sinais de infantilização que geram uma poderosa reação de empatia”, diz. Por outro lado, “a barba e o cabelo brancos transmitem um ar de sabedoria, autoridade e credibilidade associado à velhice”.

Segundo ele, esses aspectos formam a combinação perfeita entre ingenuidade e sobriedade. Além disso, é preciso considerar também a coragem, a intensidade e paixão que o vermelho da roupa representa. “As botas e o cinto preto trazem um equilíbrio nobre que alegra seu visual”, completa. A análise da aparência do personagem está no livro "Corpo e cultura – Múltiplos olhares" (Cultura Acadêmica, 2009).

Ainda segundo Caramaschi, a empatia que Papai Noel desperta nos seres humanos não é homogênea, dependendo da idade e do sexo. Por razões culturais e biológicas, nos adultos, o apelo não verbal dessa figura natalina é muito mais potente nas mulheres (ou seja, mamães, vovós, titias, madrinhas etc.) que nos homens. Já as crianças abaixo de certa idade, diz ele, aproximadamente entre 5 e 6 anos, não estão prontas para desfrutar da fantasia.

Há indícios de que a exposição ao Papai Noel nos primeiros anos de vida pode levar a reações paradoxais: em vez de empatia, sorrisos e afagos, é mais comum o pavor, acompanhado de caretas, lágrimas e berros. O fenômeno ainda não foi cientificamente estudado, mas a suspeita foi levantada pelas jornalistas americanas Denise Joyce e Nancy Watkins, editoras do jornal "Chicago Tribune".

Terror natalino
Motivadas pela própria experiência de infância e de maternidade, em 2007 a dupla teve a ideia de pedir aos leitores do jornal que enviassem fotos do encontro de suas crianças com o Papai Noel, que passaram a ser publicadas no site do diário. A resposta da audiência foi imediata e volumosa. No ano seguinte, as autoras reuniram as 250 “melhores” imagens no livro "Scared of Santa – Scenes of terror in toyland" (Harper Collins, 2008, inédito no Brasil) – em tradução livre, “Assustados com Papai Noel – Cenas de terror na terra dos brinquedos”.

Coincidentemente, a maioria das crianças que aparecem apavoradas no livro aparenta ter menos de 6 anos (confira as fotos aqui).

Mas será que, com exceção das crianças que se assombram com o velho Noel, as demais realmente se encantam por ele? Ou será que, na verdade, os pais se entusiasmam mais que os filhos? Estudos do americano John Trinkaus, da Zicklin School of Business da Universidade da Cidade de Nova York, revelam que, de fato, a maioria da garotada – entre 60% e 90% – se mostra indiferente na visita ao Papai Noel de shopping centers.

Entre 2003 e 2008, Trinkaus publicou cinco artigos nos quais analisou a expressão facial de mais de mil crianças (de até 10 anos). Segundo ele, grande parte não conseguiu sequer esboçar um sorriso no momento da clássica foto natalina. Em compensação, quase 90% dos pais que acompanhavam os filhos “pareciam estar felizes”, afirma o pesquisador num dos trabalhos, publicado na revista "Psychology Reports", em 2008. Outro dado relevante, observado em mais de um shopping center, é que a taxa de indiferença dos pequenos diminuiu com a proximidade do dia de Natal. O autor não explica por que nem arrisca alguma hipótese.

Sempre muito sucinto em seus inusitados relatos, John Trinkaus limita-se a contabilizar as coisas que o perturbam, hábito que lhe trouxe notoriedade mundial em 2003, quando foi agraciado com o prêmio Ig Nobel, destinado “a feitos científicos que primeiro fazem as pessoas rir e, depois, pensar”. Além da reação das crianças ao velho barbudo, nos últimos 30 anos ele já pesquisou a preferência de adultos por sapatos brancos e por couve-de-bruxelas, bem como o número de pessoas que usam bonés com a aba voltada para trás.

Péssimo exemplo
O bom velhinho está sofrendo ataques até da área da saúde pública. Não é preciso calculadora nem fita métrica para constatar que seu índice de massa corpórea e sua circunferência abdominal estão muito além do que recomendam os médicos. E o efeito dessa imagem obesa nos hábitos de saúde da população aparentemente está preocupando alguns especialistas. “Há uma correlação entre os países que mais veneram o Papai Noel e altos índices de obesidade infantil”, alerta o epidemiologista Nathan Grills, da Universidade Monash, em Melbourne (Austrália), em artigo publicado em 2009 no renomado "British Medical Journal" (disponível aqui).

Grills ainda exagera no poder de influência deste senhor de roupas vermelhas ao alegar que sua figura incentiva comportamentos de risco, como viajar em seu trenó em alta velocidade e praticar esportes radicais como surfe no teto e mergulho em chaminés. “Apesar dos riscos dessas atividades, Papai Noel nunca é representado usando cinto de segurança ou capacete”, diverte-se o pesquisador.

Evidentemente, tais suspeitas só poderiam ser confirmadas ou rejeitadas depois de um estudo epidemiológico que comparasse um lugar exposto a influência do velho gorducho com outro em que ele esteja ausente, como manda o método científico. Por incrível que pareça, esse lugar existe. A cidade alemã de Fluorn-Wilzen, com cerca de 3 mil habitantes, é considerada “zona livre de Papai Noel” desde 2008.


A iniciativa é de uma organização assistencial católica que pretende substituir o personagem fictício, considerado símbolo da sociedade consumista, pela imagem do generoso São Nicolau, de quem a lenda de Papai Noel de fato deriva. Mais popular na Igreja Católica Ortodoxa, São Nicolau é descrito no site da entidade como o padroeiro das crianças, “alguém que vem nos socorrer em momentos de necessidade e nos lembra da importância da bondade, de pensar no próximo e de distribuir a dádiva da felicidade”.
Copyright: Unesp Ciência

“Unesp Ciência” é uma publicação da Universidade Estadual Paulista que traz reportagens sobre os grandes temas da ciência mundial e nacional e sobre as pesquisas mais relevantes que estão sendo realizadas na instituição, em todas as áreas do conhecimento.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O QUE SONHARAM ESSAS CRIANÇAS?

Ainda que o tilintar dos sinos já não soe em nossos ouvidos com o encanto
de épocas passadas e, talvez, ouçamo-lo mais pelos ouvidos de nossos filhos
ou netos que pelos nossos próprios ouvidos, é chegado o Natal.

Ainda que saibamos que datas e eventos são apenas convenções humanas,
elas estão arraigadas em nosso subconsciente e no Natal somos tomados
por aquele ar de caridade, de desejo ardente de paz, do querer mais profundo
de harmonia entre os homens de boa vontade... e como gostaríamos que mais
homens tivessem mais boa vontade!

A época de Natal é como um bálsamo, um querer acreditar que este
mundo agora, ou no ano vindouro, ou, vá lá, daqui a alguns anos, ressurja
com mais amor, amizade, ética e alegria. O bálsamo do Natal é como o
bálsamo de lágrimas que muitas vezes choramos escondidos, ou em pensamento:
tentamos evita-las, mas depois de terem rolado pelas nossas faces,
carregam consigo nossas mágoas. Um desejo incontido de perdoar aos
outros pelas suas falhas e de sermos perdoados pelos nossos próprios erros nos invade.

2010, como 2009, como 2008, não terá passado sem trazer a cada um,
ao lado de bons momentos, também alguns problemas e sofrimentos.
A uns com maior rigor, a outros de forma mais amena, o destino
trouxe provações das quais queríamos escapar. Quantas vezes dirigimos
os olhos aos céus para pedir que a doença não fosse grave, que o acidente
não tivesse acontecido, que a dívida fosse menor, que a dor não fosse tanta!
Ainda que soe a consolo barato, continuamos vivos, privilegiados pelo
convívio de amigos, com farto jantar, linda decoração, músicas...  e a dor
que ontem era tanta já parece menor! Mais: na maioria das vezes nos
ensinou a prosseguir pela curta jornada da vida ainda mais fortes e valorosos,
apesar das rugas indisfarçáveis, das cicatrizes irremovíveis, das perdas
irreparáveis, das ofensas engolidas, da ingratidão suportada.

A cada Natal revisamos nossos conceitos, conscientizamo-nos do insondável
sentido da vida que, como o pote de ouro ao final do arco-íris, queremos crer
que exista e buscamos incessantemente, sem nunca alcançá-lo. Ele não existe,
pois estejamos com 20 ou com 100 anos, compreendemos que tal qual
a conquista do cume pelo montanhista, não é o cume em si que vale,
mas a subida, o trajeto, a caminhada...

Lamentamos às vezes que alguns dos desejos da vida não tenham sido atingidos,
sem entender que é por isso que a vida continua... não ter mais com o que sonhar,
ainda que sejam sonhos pequeninos, é quase como ter morrido sem partir.

E se é dessa forma que o espírito natalino nos faz refletir, cercados por
entes queridos, comida, música e amizades valorosas, reflitamos também
sobre o que as crianças sonham. Não as nossas crianças, geralmente
cercadas de condições de educação e vida que lhes possibilitará um futuro digno,
mas aquelas dos morros, das vielas, dos antros, dos países em guerra,
das vítimas de cataclismas, epidemias, fome e sede.

Não podemos consertar o mundo, mas não precisamos esquecer que existe
sempre um pedaço do nosso pão, do nosso tempo e do nosso coração
para entregar aos sonhos desses pequeninos.

Que as experiências vividas que a contragosto nos endurecem, não nos endureçam
ao ponto de fazer com que os sonhos dessas crianças não sobrevivam.
Que não morra nelas a esperança de um futuro e de um mundo melhor.
Seria uma tragédia!

Que o tilintar dos sinos afrouxe nossos corações, nos brinde com generosidade
constante, ainda que pouca, por todo o ano de 2011 e que apesar das
provações que passamos, saibamos que ainda vivemos num mundo privilegiado
que milhões nunca verão.

Natal, além de tempo de festa é tempo de reflexão. Temos muito, em comparação
à maioria: dinheiro, amigos, carreira, felicidade, No entanto, à medida que
cada um de nós desce a montanha que tão arduamente subiu, percebe que
tudo nos foi tão somente emprestado e os que nos sucedem o receberão,
também, emprestado! Ajudar aos outros é ajudar a si mesmo, é mostrar
o que nos distingue dos animais, é mostrar a chama que arde em nossa alma,
plantada por um sopro superior e inexplicável.

Que possamos permear o sonho dessas crianças com a doçura que o Natal nos trás.
Não podemos consertar o mundo, mas a tentativa é válida.
Que reine em nossas famílias, neste Natal e Ano Novo o espírito de
companheirismo, solidariedade humana e generosidade com o próximo!

Aos sonhos dessas crianças e a todos nós, um recíproco Feliz Natal e Ano Novo!

ROBERTO CURT DOPHEIDE
ADVOGADO
(47) 8851-6182

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Sistema é Foda!

“O Sistema é Foda, parceiro. Entre político, sai político, continua tudo na mesma, nada muda. Ainda vai levar muito tempo para consertar essa porra, e muita gente inocente vai morrer no meio do caminho”.  Capitão Nascimento.

Muita gente acredita que para mudar um sistema, você tem que participar do sistema. Para mudar alguma coisa, você tem que se engajar na coisa toda, entender as suas regras, e implodir tudo de dentro para fora.

Eu não acredito nisso.

A melhor maneira de mudar um sistema obsoleto é criar uma alternativa paralela que torna o sistema irrelevante.

Se uma determinada reunião, produto, processo, sistema é irrelevante, então é irrelevante; não devemos consertá-los, mas eliminá-los.

No caso da política, enquanto a sociedade civil brasileira for uma piada, a sociedade política vai nadar de braçada. O cenário político é corrupto desde os tempos dos faraós, romanos e gregos porque o cidadão civil tem o hábito milenar de limitar a sua boa vontade coletiva ao próprio umbigo. Os políticos não vão mudar. Uma alternativa civil paralela tem que emergir para transformar todo político brasileiro em Rainha da Inglaterra. Caso contrário, vamos terminar com a queda do império romano.

Mas, o assunto hoje não é política; o assunto hoje é MBA 3.0 com a Tropa de Elite do Capitão Nascimento. O filme já foi visto por mais de 10 milhões de brasileiros - uma fração de inteligência perto dos mais de 90 milhões de imbecis que assistem televisão e votam em paredão de big brother.

O sistema é foda, parceiro. Muita gente inocente ainda vai morrer como “tropa de celulite” emparedada na telinha da rede bobo.

PRIMEIRA LIÇÃO: “Eu não caí para baixo, parceiro, eu caí para cima”. Depois de uma série de acontecimentos inesperados, Capitão Nascimento é promovido a Sub-Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Nascimento aceita o cargo porque acredita que ao fazer parte da cúpula do sistema,  pode ajudar o BOPE a se desenvolver seguindo as regras da secretaria de segurança; pura viagem, o sistema está quebrado, ele sabe, mas no final do dia, o sistema muda a gente, se a gente deixar.

Quebrador de Regras Oficial do BOPE, Nascimento vira um almofadinha de escritório seguidor das regras do sistema. Quando Mathias, seu funcionário no BOPE, quebra o protocolo e vai a televisão para denunciar o governador-picareta, Nascimento fica p da vida por ele (Mathias) ter sacaneado o cara (governador) que lhe deu a posição de sub-secretário.

“Pô Mathias, como eu vou te ajudar agora? Você não tinha nada que ir na televisão falar mal do governador. Agora você tá preso. Você não consegue mudar nada preso, quem realmente pode ajudar o BOPE sou eu lá na secretaria!”

“Capitão, com todo o respeito, mas a única coisa que você vai conseguir mudar ao andar com essa gente  é você mesmo, se é que já não mudou”.

O sistema é foda, parceiro. Quando você tá fora dele, você pensa como um empreendedor, quando tá dentro, você esquece que tá tudo errado.

Nascimento era o primeiro a quebrar as regras. Subia o morro à frente da tropa, torturava os traficantes com saco plástico na cabeça, quebrava as regras que tivessem que ser quebradas para fazer o que tinha que fazer.

Quando você vira gerente ou diretor do sistema, você passa a viver em um outro mundo; o ticket refeição aumenta, a sala aumenta, as viagens corporativas aumentam, os conference calls agora são em inglês, você ganha uma assistente gostosa, as gostosas olham para você, enfim, você nunca mais volta a ouvir a verdade, nem dos puxa-sacos que te seguem, que inclusive agora dizem que você emagreceu uns quilinhos - apesar de não ter feito porra nenhuma nesse sentido.

O sistema é foda, parceiro. Poder não significa acesso a informação. Status não significa que as pessoas te escutam.

As pessoas tem medo de serem punidas, as pessoas tem medo de assumir que erraram, as pessoas tem medo de fazer perguntas, as pessoas tem medo de dizer que não entenderam nada do que você falou, as pessoas tem medo de desafiar os promotores do sistema. Para o sistema, perguntar é crime!

O que fazer então?

Dá uma de Caveira!

Falte na reunião do sistema, e fale o que tem que ser falado na televisão da empresa para todo mundo ouvir! Pessoas que pensam igual a você irão aparecer.

A possibilidade de iniciar uma alternativa paralela para tornar o sistema irrelevante é real. O acesso da nossa geração a tecnologias capazes de nos ajudar a nos comunicar com um incrível número de pessoas não tem precedentes. Nunca houve tanta oportunidade para você se juntar com alguém para começar a mudar algo.

As chances de você ser mandado embora é de 0,075%. O pior que pode te acontecer é virar sub-secretário de algum zé mané.

SEGUNDA LIÇÃO: “Agora é Fifty Fifty”. O Aspira entra na empresa sonhando em um dia poder usufruir de todo o aparelhamento do sistema. Carro da empresa, Celular da empresa, Cartão Corporativo, Relatórios de Despesas, Camarote Vip da empresa no Café Photo, enfim, o sonho do Aspira é se encostar no sistema. O sonho do Capitão Nascimento é diferente. Nascimento sabe que as ferramentas do sistema não resolvem a vida do soldado quando a guerra começa. “Agora é Fifty Fifty”.

Hoje, uma garota de 12 anos de idade consegue pegar informações mais rápido, processar melhor, conseguir ajuda voluntária de melhores fontes do que um velho de 40 anos de idade em uma corporation engessada.

Pra quê celular da empresa, se o que funciona melhor é o Skype? Pra quê carro da empresa, se o que funciona melhor é uma conferência remota pela web? Pra quê o folheto corporativo com CD multimídia, se o que funciona melhor é o blog pessoal do funcionário? Prá quê departamento de treinamento corporativo, se o que funciona melhor são depoimentos de funcionários em vídeo?

Hoje as ferramentas dos funcionários são tão poderosas quanto as ferramentas da empresa.

Em 2007, Rob Sharpe, cabeça de treinamento da Black & Decker, responsável pelos treinamentos de milhares de vendedores em milhares de produtos, conheceu o YouTube. Uma idéia imediatamente pipocou na sua cabeça, substituir as milhares de horas que passava fazendo intermináveis powerpoints sobre produtos por ágeis vídeos feitos por pessoas reais.

Ele então comprou algumas câmeras Flips com dinheiro do próprio bolso e distribuiu para centenas de vendedores. Em poucos meses os primeiros vídeos começaram a chegar, vídeos de produtos, vídeos de testemunhais de clientes, vídeos sobre produtos concorrentes. Hoje, os vídeos da Black & Decker atraem visualizações de todos os funcionários da empresa. Os vídeos mais populares são vistos por mais da metade da força de vendas. O treinamento que antes levava duas semanas, agora leva uma semana.  Os novos funcionários ficam 15 horas online antes de entrar em algum centro de treinamento. A vice-presidência, o marketing corporativo, e a área de relações públicas vêem hoje os vídeos online como uma iniciativa poderosa de conteúdo e motivação. E agora, a turma de tecnologia está fazendo a mesma coisa para ensinar tecnologia para os funcionários da empresa.

O sistema é foda, parceiro. É pior que traficante de drogas. Faz você precisar dele para tudo, para não ter vontade de lutar contra nada.

TERCEIRA LIÇÃO: “Qual é a Tropa de Elite da sua empresa?”. Certa vez eu trabalhei em uma empresa que promovia aos quatro cantos do mundo uma lista de 250 profissionais que faziam parte do BOPE da empresa e que a empresa não poderia perder de jeito nenhum. Se um desses profissionais recebesse uma proposta para sair da empresa, o seu chefe direto tinha carta branca para oferecer o que fosse necessário para manter o cidadão na empresa.

O BOPE de 250 profissionais recebia tratamento VIP NO ÚRTIMO. Eles sabiam antes de todo mundo o que ia acontecer na empresa, eles participavam ativamente das principais discussões estratégicas da empresa em todo o mundo, eles se encontravam pessoalmente e anualmente com o Fundador e CEO da empresa; eles tinham carta branca para fazer sugestões de qualquer projeto que seja para a empresa, eles tinham liberdade total para inovar no que achassem necessário, eles recebiam um tratamento curricular único, eram convidados a participar dos melhores cursos de gestão nas melhores escolas do mundo, tinham acompanhamento direto de uma divisão especial da área de recursos humanos criada especialmente para gerenciar proativamente o desenvolvimento dessa Tropa de Elite.

Objetivo Principal desse Programa: desenvolver a Tropa de Elite necessária para assegurar o crescimento da empresa por muitas décadas a partir da criação radical de alternativas de negócios paralelas capazes de obsoletar o sistema da empresa antes que o concorrente o faça.

O sistema é foda, parceiro. O bom é inimigo do fodástico, o marasmo mata a energia das pessoas, a cultura come a estratégia da empresa na hora do almoço.

Se você não quiser enlouquecer, você tem que liberar a entrada do BOPE na empresa para fazer o que for necessário para as coisas acontecerem.

NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!
QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?

Ricardo Jordão Magalhães
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BIZREVOLUTION

Eu Sou Fã do Ser Humano! E Você?

domingo, 5 de dezembro de 2010

Multilook inaugurou primeira loja no Recife.


Finalmente podemos conhecer a loja que promete "mexer" com as stylish people do Recife.

Do latim multi (muitos) e do inglês look (combinações de vestuário apresentadas no mundo fashion), a Multilook escolheu a dzarm. como uma das marcas que certamente contribuirá para embalar o sucesso desse empreendimento.

À entrada do Shopping Recife (Av. Fernando Simões Barbosa, 22, loja 13 - Boa Viagem), você encontrará na Multilook as roupas e acessórios que estão em sintonia com os consumidores que apresentam muita atitude, estilo próprio e sensualidade e que são produzidos pela marca dzarm. desde que chegou ao mercado em meados dos anos 90 e está presente no Brasil inteiro. É um streetwear casual para qualquer hora e lugar, focado no conforto com qualidade e informação de moda. O jeans e a malha são itens fortes de produção da grife.

Desejamos muito sucesso à Multilook. Que Deus ilumine seus proprietários e esse empreendimento tão aguardado.

Os sonhos de Mila

Mamães têm atividade bastante agitada. Entre alimentar, trocar, limpar, arrotos, e brincando com o bebê recém-nascido, é surpreendente que elas tenham tempo para fazer qualquer coisa para si mesmas. É por isso que é ainda mais impressionante que Adele Enersen, redatora publicitária com sede em Helsínque e nova mamãe, teve tempo para criar o Daydreams Mila, um blog de fotos em que ela cria representações elaboradas dos sonhos do seu bebê com objetos domésticos. Nós não poderíamos pensar em um melhor "hobby licença de maternidade", como Adele chama. Clique para ver a apresentação de algumas imagens.

sábado, 4 de dezembro de 2010

As Quatro Forças (Paulo Coelho em http://ow.ly/3jSNp )

O padre Alan Jones diz que, para a construção de nossa alma, precisamos das Quatro Forças Invisíveis: amor, morte, poder e tempo. É necessário amar, porque somos amados por Deus. É necessária a consciência da morte, para entender bem a vida. É necessário lutar para crescer – mas sem cair na armadilha do poder que conseguimos com isto, porque sabemos que ele não vale nada. Finalmente, é necessário aceitar que nossa alma – embora seja eterna – está neste momento presa na teia do tempo, com suas oportunidades e limitações.

Primeira força: amor

A esposa do rabino Iaakov vivia procurando um motivo para discutir com o marido. Iaakov nunca respondia as provocações.

Até que, durante um jantar com alguns amigos, o rabino terminou discutindo ferozmente com sua mulher, surpreendendo a todos na mesa.

- O que aconteceu? – perguntaram – Por que abandonou seu costume de jamais responder?

- Porque percebi que o que mais perturbava minha mulher era o fato de ficar em silêncio. Agindo assim, eu permanecia distante de suas emoções.

“Minha reação foi um ato de amor, e eu consegui fazê-la entender que escutava suas palavras”.

Segunda força: morte

Assim que morreu, Juan encontrou-se num belíssimo lugar, rodeado pelo conforto e beleza que sonhava. Um sujeito vestido de branco aproximou-se:

- Você tem direito ao que quiser.

Encantado, Juan fez tudo que sonhou fazer durante a vida. Depois de muitos anos de prazeres, procurou o sujeito de branco. Disse que já tinha experimentado tudo, e agora precisava de um pouco de trabalho para sentir-se útil.

- Essa é a única coisa que não posso conseguir – disse o sujeito de branco.

- Passarei a eternidade morrendo de tédio! Preferia mil vezes estar no inferno!

- E onde o senhor pensa que está?

Terceira força: poder

- Tenho passado grande parte do meu dia pensando coisas que não devia pensar, desejando coisas que não devia desejar, fazendo planos que não devia fazer.

O mestre apontou uma planta e perguntou se o discípulo sabia o que era.

- Beladona. Pode matar quem comer suas folhas.

Mas não pode matar quem simplesmente a contempla. Da mesma maneira, os desejos negativos não podem causar nenhum mal – se você não se deixar seduzir por eles.

Quarta força: tempo

Um carpinteiro e seus auxiliares viajavam em busca de material quando viram uma árvore gigantesca.

- Não vamos perder nosso tempo – disse o mestre carpinteiro. – Para cortá-la, demoraremos muito. Se quisermos fazer um barco, ele afundará, de tão pesado o seu tronco. Se resolvermos usá-la para a estrutura de um teto, as paredes terão que ser exageradamente resistentes.

O grupo seguiu adiante. Um dos aprendizes comentou:

- É uma árvore tão grande e não serve para nada!

- Você está enganado. Ela seguiu seu destino a sua maneira. Se fosse igual as outras, nós já a teríamos cortado. Mas porque teve coragem de ser diferente, permanecerá viva e forte por muito tempo.