quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O "cara" da ponta.

Quero começar meu ano homenageando uma classe social. Não é minoria, não precisa de cotas. É um pessoal que vive do nosso lado todos os dias, várias vezes ao dia.
A gente nem sempre se dá conta de que eles existem, quanto mais achar que eles são importantes. Alguns estão nessa classe por falta de opção. Outros descobriram o ofício, ganham seu pão e constroem sua vida com o que aprenderam a fazer. Com prazer e orgulho. Na verdade, os bem-sucedidos já foram educados pelos pais a fazer bem o que fazem. Muito do que fazem é inspirado por pai e mãe. É desses últimos que estou falando dos agentes de atendimento que se dedicam a nos cuidar todos os dias.
Acordam, se preparam, colocam a cabeça e o coração no ritmo e abrem as portas da vida para quem eles atendem.

Sim, estou falando dos caras que estão na ponta de qualquer marca, os caras que atendem os Clientes que compram os produtos da marca, os caras que experimentam o que a marca tem a oferecer em serviços e atendimento.

Todo mundo sabe, as marcas que estão por aí, prometem uma porção de coisas. O cliente, atraído pelo canto das sereias que as marcas entoam, experimentam que mais chamam a sua atenção. Aí fica claro que chamar a atenção do cliente é apenas o início do processo de conquista do cliente por muito tempo. Dar atenção é muito mais importante do que chamar a atenção. É isso que esses heróis do dia a dia fazem. Dão atenção a qualquer Cliente e quem está no dia a dia sabe que nem todo cliente merece carinho e respeito. Mas eles tentam.

Nossos heróis? 

São vendedores do varejo, caixas, estoquistas, motoristas de táxi, ok, uber também, secretários de escola, professores, médicos, enfermeiras, técnicos de enfermagem, atendentes de central de atendimento, guardas de trânsito, recepcionistas de hotel, camareiros, garçons e muitos outros. Somemos a eles as do gênero feminino, técnicas, vendedoras e todas que eu mencionei aqui do gênero feminino. E todos os gêneros. Todos são agentes de atendimento.

A maioria das marcas dá pouca atenção a esse pessoal. Ainda bem que nem todas. As que já perceberam que eles são os caras mais importantes da construção de reputação, crescem 10 vezes mais do que as outras. São minoria, mas vencedoras. Sua equipe é competente, integrada, muito bem liderada e se torna voluntária da marca. As que ainda não perceberam, reclamam do turnover. Dos caras que querem trocar de emprego por 50 reais. Claro, quem quer trabalhar muito tempo num lugar que não faz nada diferente por quem trabalha lá?

É importante que todos saibam que esse pessoal não é mercenário. Eles não trabalham apenas por dinheiro. Precisam e querem, obviamente, receber o que precisam para viver. Depois dessa fase preenchida, o que mais os motiva é aprender para se tornarem muito competentes no que fazem, terem autonomia para poder pensar, criar, inovar, atender como cada cliente quer ser atendido, fazer além dos padrões que lhes são impostos e trabalhar numa empresa que vai além da ambição desenfreada pelo lucro. Numa empresa que quer fazer bem, mas também quer fazer o bem para quem trabalha nela, vive perto dela, para sua comunidade e para o mundo.

Quem constrói o ambiente ideal para quem atende é o líder desse cara. Quem tem que estar bem. Tem que entender o seu papel, tem que ser do bem, tem que formar continuamente esse pessoal, reconhecer e elogiar quem merece e sinalizar e redirecionar quem precisa. Para esse pessoal, o da ponta, tenho dedicado minha vida. Eles merecem mais da nossa atenção. Passo minha vida doutrinando quem está perto deles a fazer isso.

Fonte: https://m.facebook.com

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