domingo, 28 de março de 2010

Cobrem um santo, mas deixam o outro destapado!

O Jornal do Commercio (PE) de 27 de março de 2010 publicou a seguinte manchete: Suape pode ter mais dois estaleiros. Excelente notícia, não é mesmo? Mas na mesma matéria, o contraditório: Suape perderá mais mangues.

Para o coordenador da Associação Pernambucana de Defesa da Natureza (Aspan) (poderia ser Aspone...) Alexandre Araújo, o desmatamento em Suape é irregular...

E a pergunta que não quer calar: por que é permitido o trânsito de milhares de caminhões em estradas pernambucanas, carregando lenha para padarias, olarias e outras estabelecimentos?

Diariamente, desde o início da noite até a madrugada, dezenas de caminhões emergem da caatinga com imensas cargas de lenha e trafegam nas rodovias em atitude obscura e clandestina flagrantes, sob a total e ofensiva complacência das autoridades.

Ao invés de ficar criticando o desmatamento em Suape, deveriam orientar o sertanejo, por exemplo, da existência do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Florestal), uma parceria dos governos federal, estadual e municipal.

O programa apoia o desenvolvimento rural e incentiva o plantio de espécies de rápido crescimento, a exemplo do eucalipto, em áreas degradadas ou de pastagem, para suprir a demanda crescente de madeira ou lenha, evitando o desmatamento das florestas ou outros tipos de cobertura vegetal nativas.

Deveriam sim, coibir o tráfico de lenha de origem nativa como matriz energética, mas eles preferem receber os jornalistas em suas convenientes salas climatizadas, para dar declarações demagógicas.

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