terça-feira, 8 de setembro de 2020

Carl Icahn é considerado como um dos maiores mestres do hostile takeover do mundo.

Carl Icahn, considerado como um dos maiores mestres do hostile takeover do mundo, nasceu em 1936 em Nova York, tendo portanto, 84 anos. O pai era um cantor e mais tarde um professor substituto. A era mãe professora. Ele foi criado no Condado do Queens,  em Nova York, onde iniciou os estudos na escola pública Far Rockaway High School. Bacharelou-se em Artes e pós-graduado em Filosofia na Universidade de Princeton, localizada em Princeton, Nova Jérsei. Tentou cursar medicina por dois anos. Depois alistou-se no Exército dos Estados Unidos. Depois de dar baixa, alinhou-se com Wall Street. Aos 25 anos, pediu empréstimo de US$ 400 mil ao seu tio e com mais os US$ 150 mil que possuía, comprou uma cadeira de investidor na Bolsa de Valores de Nova York, onde começou a desenvolver as suas habilidades como investidor. Foi casado de 1979 a 1999  com Liba Trejbal, com quem teve dois filhos. Atualmente é casado com Gail Icahn.

Icahn fundou a Icahn & Co sete anos depois de se tornar corretor, em 1968. Na aquisição da TWA, em 1985, ele ganhou destaque no mercado. Muitos dos ativos de Icahn foram comprados pela American Real Estate Partners L.P, empresa da qual ele era acionista majoritário e que foi renomeada para Icahn Enterprises (NASDAQ: IEP) em 2007 e cujo endereço é o famoso edifício da  General Motors em Nova York. Tal fato ocorreu como resultado de uma maior diversificação de investimentos de Carl no mercado financeiro. Suas ações como controlador da empresa marcaram os traços da carreira do investidor, que é considerado um especialista em aquisições de controle acionário, Porém, seu estilo agressivo de negociar, considerado por parte do mercado como discutível, fez com que conseguisse ações de empresas do porte de Texaco, Time Warner, Motorola, Herbalife, entre outras. Muitos o consideram como um dos maiores mestres do hostile takeover do mundo. A estratégia do bilionário podem ser vistas de dois diferentes ângulos: remar contra a maré e ser um investidor ativista, e ambas estão fortemente conectadas. Icahn geralmente vai contra os movimentos populares do mercado, comprando ativos subvalorizados que estão tendo desempenhos ruins, e então lucrando quando o preço do ativo “repicar”. Como um investidor “do contra”, Carl Icahn procura por empresas que ninguém quer. Ele identifica aquelas companhias cujo o preço das ações estão baixos o suficiente para fazer com que a relação Preço/Lucro seja baixa, e também que o valor contábil exceda o seu valor de mercado. Nestes casos, o investidor compra parcelas significantes da empresa e começa a fazer mudanças na administração.

Já vimos, portanto, que Carl Icahn é um investidor polêmico. Por seu estilo impositivo, sua trajetória é marcada por longas disputas judiciais. Um dos casos mais famosos é sua briga na justiça com o investidor Bill Ackman, pela Hallwood Realty. Esses homens ultra-ricos lutaram por sete anos em vários tribunais, por cerca de US$ 4,5 milhões. Isso pode ser dinheiro de verdade para meros mortais, mas para esses dois, é apenas um erro de arredondamento. A batalha judicial, ao que pareceu, era mais sobre grandes egos do que muito dinheiro. A confusão finalmente terminou, com a vitória de Ackman. Mas, antes de terminar, o caso envolveu advogados poderosos e gerou milhões de dólares em honorários advocatícios, tudo por causa de um acordo que, de outra forma, seria esquecível que a dupla havia acertado em 2004. No mundo secreto dos fundos de hedge, a maioria dos gestores de dinheiro prefere a discrição. Não o Icahn e nem o Ackman. Eles são como cães de caça de mídia que cortejam a atenção do público e regularmente estrelam conferências com investidores. Em muitos aspectos, foi uma batalha geracional, um choque entre a velha Wall Street e a nova Wall Street. Icahn pode às vezes parecer preso na década de 1980. Ackman é o garoto-prodígio esperto. Ele também se tornou extremamente rico, embora sem a velha rudeza de Icahn. Depois de perder uma batalha contra a Target em 2009, ele engasgou durante um discurso em que citou Martin Luther King Jr. e John F. Kennedy. Ambos compram participações em empresas e "tocam o terror" por mudanças. 

Ao tornar-se o candidato presidencial republicano, Trump anunciou que iria nomear Icahn para secretário do Tesouro. No entanto, acabou nomeando Steve Mnuchin. Conforme a Fortune Magazine, o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu a Icahn para servir como um consultor especial sobre regulamentação financeira, a partir de janeiro de 2017.

De acordo com a revista Forbes, Ichan tem um patrimônio líquido de US$ 16,6 bilhões de dólares, tornando-o a 26ª pessoa mais rica da Forbes 400 e o 5º gerente de fundos de hedge mais rico em fevereiro de 2017. Embora sua reputação como homem de negócios "cruel", é um renomado filantropo. O Icahn Stadium na Ilha de Randall, na cidade de Nova York, leva o nome dele, assim como o Carl C. Icahn Center for Science e o Icahn Scholar Program no Choate Rosemary Hall, uma escola preparatória em Connecticut. Essa organização paga mensalidades, hospedagem e alimentação, livros e suprimentos para 10 alunos todos os anos durante quatro anos (calouros-sênior), uma despesa que soma cerca de US$ 160.000 por aluno. Também construiu a Icahn House que abriga famílias sem teto na cidade de Nova York.

Em 2014 Mark Stevens escreveu o livro "King Icahn: The Biography of a Renegade Capitalist" King Icahn é um drama humano sem paralelo. É a história de um homem que surgiu de origens humildes para emergir como a força mais poderosa, excêntrica, irritante, combativa e bem-sucedida no mundo dos negócios. O livro relata um Icahn repleto de contradições, justaposições, paradoxos e jogos de poder épicos. Tudo isso levou a uma reorganização do cenário financeiro / empresarial, ao medo elétrico por parte dos CEOs ao ouvirem as palavras aterrorizantes "Carl Icahn está ao telefone" e é uma das maiores fortunas do mundo. King Icahn é o único livro escrito sobre Icahn, completamente independente, mas com acesso total ao próprio homem. Ele revela a história por trás do maior financista / pit bull de sua geração, sua epifania de bilhões de dólares, seu verdadeiro motivo para enfrentar a elite dos CEOs, bem como seus amores, rixas, idiossincrasias e brilho intelectual. 

Algumas frases notáveis de Carl Icahn:

“A minha opinião é que, filosoficamente falando, eu estou fazendo a coisa certa em tentar sacudir estas administrações. O problema da América (sic) hoje em dia, é que nós não estamos nem perto de ser produtivos como deveríamos ser. Este é o motivo de termos problemas na balança comercial. É como a queda do Império Romano, quando metade da população estava desempregada.” Carl Icahn

“Eu não sou o Robin Hood. Eu gosto de ganhar dinheiro.” Carl Icahn

“Nesse negócio de tomar controles, se você quiser um amigo, compre um cachorro.” Carl Icahn

“Se você quer fazer uma empresa bem sucedida, você deve olhar a realidade nos olhos, e a realidade é menores salários.” Carl Icahn

“Eu vejo empresas como negócios, enquanto os analistas de Wall Street buscam desempenho nos resultados trimestrais. Eu compro ativos e potencial de produtividade. Wall Street compra lucros, então eles não percebem muitas coisas que eu percebo em certas situações.” Carl Icahn

“Eu tenho que olhar os interesses dos acionistas, e eu sou o maior acionista.” Carl Icahn

Fonte: http://agenteinveste.com.br/?p=2189

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