terça-feira, 13 de abril de 2010

Vacas Magras & Vacas Gordas

Tudo é cíclico, mas têm pessoas que adoram antecipar, sempre pensando em si, não analisando o seu redor, que apesar de ser a mão de obra um dos pilares que sustentam estas pessoas, tal qual os clientes. Afirmo que clientes internos (funcionários, colaboradores, representantes comerciais, fornecedores e prestadores de serviços) e os clientes em si são o verdadeiro patrimônio de uma organização. Entretanto, muitos administradores idolatram o próprio bolso como o seu patrimônio. Quebra a empresa, mas não quebra o seu patrimônio.

Muitos pensadores pensam diferentes sobre a Teoria do Capitalismo; são tantas idéias que confundem as pessoas, mas no popular, sem o capital o trabalho não funciona (somente funciona na produção para consumo) e vice-versa. Se estes dois atores (capital e trabalho) precisam agir juntos, na mesma direção, por que os administradores agem de forma diferente?

Digo sempre que “ganhar não é a questão, mas sim deixar que outros também ganhem”. Somente pagar por um serviço não é suficiente; precisa haver uma serie de ações com o prestador. Não conheci pessoalmente o Sr. Walter Herz (leia-se Ferramentas Gerais), mas sempre o admirei e não por ser meu concorrente direto nos idos de 1987 quando ingressei na empresa que atuo, mas sim por sua política humanitária com relação ao ganhar. Se sua empresa ganhasse, todos ganhavam. Ele distribuía parte dos lucros a todos no final do ano. Basta falar com os Grandes Vendedores Ronei Tauber e os irmãos Barin.

Por outro lado, o Sr. Walter tinha uma administração austera e não tolerava erros, abusos e desvios. Certo ele. Quem dá, deve cobrar o comprometimento. Se gostar do que faz, devo fazê-lo nas 24h do dia e não somente dentro do horário de trabalho.

Vacas magras: quem nunca as teve ao seu redor? Raro será o que não passou por momentos como este; certamente os capitalistas que somente pensam em seus umbigos. De outro lado, tem os que passaram e chorando pediram ajuda aos seus colaboradores (agora eles ganham valor), para que – juntos – pudessem sobreviver e recuperar, engordando as vacas.

Conheço muitos que deram as mãos e mesmo perdendo mais do que podiam, fincaram estacas e conseguiram ajudar na manutenção das empresas, não deixando que elas naufragassem. Parabéns a estes valorosos colaboradores, os quais deveriam ser recompensados no momento em que o período de vacas magras passasse para vacas gordas.

Sonha Oscar, porque isto não existe. Se o homem somente lembra de Deus quando está doente, sofrendo ou desesperado, por que o homem seria diferente com relação aos seus colaboradores? Utopia é achar que após o crescimento o reconhecimento virá. Ainda está para nascer os administradores que vão mudar este meu pensamento. Na hora de fechar o balanço e ao ver o lucro liquido final, os olhos brilham e fica somente nisso. Dividir jamais, agradecer é impossível.

Estou com 53 anos e já não tenho as mesmas chances do que jovens vendedores, mas não me desespero, porque tudo o que sobe, um dia certamente cairá e coitado daqueles que não prepararam condições para esta queda. Quem não tiver amigos colaboradores ao redor, certamente que cairá e não terá apoio algum, como o que já os teve. É triste isto.

Oscar Schild, vendedor, gerente de vendas e escritor.
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O maior problema não é ganhar, mas
deixar que outros ganhem também!

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